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quinta-feira, 29 de março de 2012

Parques Estaduais ganham melhorias, na região Ilhabela é contemplada

As ações do Projeto de Desenvolvimento do Ecoturismo na Região da Mata Atlântica estão proporcionando melhorias para os frequentadores e ecoturistas dos parques estaduais de Ilhabela, Carlos Botelho, Intervales, Turístico do Alto Ribeira (PETAR), Caverna do Diabo e Ilha do Cardoso. Exposição permanente e uma nova classificação de trilhas, seguindo normas da ABNT, são alguns dos benefícios.


Parque Estadual de Ilhabela


 Cachoeira do Gato - fonte Albergue Central
A partir do próximo mês de junho, o Centro de Visitantes do Parque Estadual de Ilhabela terá a inauguração da exposição permanente sobre os principais atrativos do parque – trilhas, cachoeiras e pontos de mergulho – e seu entorno.
A exposição permanente conta com recursos multimídias, além de fotos, que mostram as seis trilhas oficiais do Parque, sendo que três delas fazem parte do Programa Trilhas de São Paulo.A Estrada-Parque é outro destaque para os aventureiros, que podem fazer o passeio de jipe, atravessando a ilha até a Praia de Castelhanos. Há ainda, painéis informativos sobre o Patrimônio Arqueológico Histórico e Cultural, a Biodiversidade e Biodiversidade Marinha, as Comunidades Caiçaras e as Unidades de Conservação. O contrato para implantação das exposições do Centro de Visitantes do PEIb foi assinado em fevereiro deste ano.

O Centro de Visitantes, reformado em 2006 pelo Projeto de Ecoturismo, está localizado bem próximo ao parque e tem a função de interação com o público, educação ambiental e comércio de produtos associados ao parque. O local tem espaço para exposições temporárias de instituições parceiras, ONGs, comunidades e artistas locais.
Outro destaque é o prédio onde está o Centro de Visitantes. A história e o estilo arquitetônico do imóvel complementam a beleza das praias e o visual que Ilhabela oferece. Quanto ao estímulo ao comércio será estruturada uma loja destinada a vendas de produtos associados às Unidades de Conservação, souvenires com o novo logo do Parque e artesanato das comunidades locais.

Se você também tem interesse de ser voluntário em um dos Parques Estaduais de São Paulo,  acesse http://www.fflorestal.sp.gov.br/amigosdoverde/




PAU-BRASIL PODE SER GRANDE ALIADO NO TRATAMENTO CONTRA O CÂNCER

Do Globo Repórter (Reportagem de Beatriz Castro em Glória do Goitá - PE)

imagem: canalazultv.ig.com.br
Uma árvore, um país. É por causa desta espécie que somos chamados de brasileiros. O pau-brasil é a única planta que batizou uma nação. Agora, ela nos surpreende mais uma vez. A madeira vermelha que fez história também pode guardar substâncias poderosas contra o câncer. Tão simbólica e tão ameaçada, por pouco não desapareceu de nossas florestas. Está na lista das mais ameaçadas de extinção.

Folhas miúdas, tronco cheio de espinhos, vagens e flores. Pouca gente teve a oportunidade de ver de perto essa árvore histórica. Em Glória do Goitá, na Zona da Mata de Pernambuco, uma fundação tenta divulgar e multiplicar esta espécie. O local recebe estudantes cheios de curiosidade.

Em um museu é possível conhecer cada detalhe do pau-brasil. Dentro do tronco está a maior riqueza da árvore. O miolo é bem vermelho, da cor de brasa, daí vem o nome: brasil. E este era o motivo da cobiça dos colonizadores. A árvore fornecia um corante que tinha muito valor comercial na época.

O corante é extraído com muita facilidade. Basta colocar pequenas lascas da madeira na panela com água fervendo. Mas onde reis e nobres só viam tinta vermelha, o olhar curioso do povo descobriu remédios.

"Popularmente se diz que o pau-brasil é um bom adstringente e cicatrizante. Algumas pessoas do mato usam o chá da entrecasca para curar asma”, diz Ana Cristina Roldão, presidente da Fundação Nacional do Pau Brasil.
O uso popular foi uma boa pista para os cientistas. Eles revolveram estudar melhor as duas substâncias que produzem o corante: a brasileína e a brasilina.

Da Mata Atlântica para o laboratório de antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco, os pesquisadores descobriram que o pau-brasil pode ser um grande aliado no tratamento contra o câncer. Os estudos começaram em 1996. Cada pedacinho da árvore foi analisado.

“Já estudamos flor, folha, caule, cerne, semente e raiz, que será a última etapa da pesquisa do pau-brasil", detalha a pesquisadora Ivone Souza, da UFPE. "O pau-brasil apresenta propriedades farmacológicas muito interessantes. Chamou a atenção para a redução de tumores experimentais. Tanto carcinomas como sarcomas."

Os experimentos feitos com camundongos já surpreenderam. "Todos os animais tratados tiveram a redução do tumor", revela a pesquisadora Elisângela Silva. "Nós tivemos redução de 60% a 80% para sarcoma e de 60% a 90% para carcinoma. São cânceres agressivos. São linhagens de camundongos, não são linhagens humanas, mas são bem agressivas, especialmente carcinoma, que foi para o qual ele teve melhor atividade."

O resultado é notável, dizem os especialistas. "Dá para afirmar categoricamente que ele tem atividade anti-inflamatória e uma atividade muito forte na redução de tumores. Merece toda a atenção e todo o estudo", conclui.

Talvez, agora, biólogos e farmacêuticos possam dar uma mãozinha aos ambientalistas. Portador de substâncias poderosas contra o câncer, o pau-brasil ganha importância e uma chance de escapar da extinção.
"Talvez com esta esperança de cura as pessoas comecem realmente a plantar o pau-brasil e a dar o seu devido merecimento que até agora a gente não conseguiu que ele tivesse", espera Ana Cristina Roldão.

terça-feira, 27 de março de 2012

'Voltou tudo, só falta a onça-pintada'

Gestor de área do Parque da Serra do Mar fala sobre a vida animal selvagem da região

Puma Peter Crawshaw/ICMBio/Projeto Felinos da Serra do Mar
Seu Paulo, 52 anos, conhece a parte norte do Parque Estadual da Serra do Mar talvez melhor do que ninguém. Nasceu e cresceu dentro do Núcleo Cunha do parque, que meio século atrás era uma fazenda de gado, madeira e carvão. "Nessa região aqui eu conheço tudo. Tudo mesmo", diz Paulo Rosário Araújo. E ele garante: aumentou muito o número de animais selvagens desde a criação do parque, em 1977. "Voltou muito bicho. Porco-do-mato você só via lá pra baixo, no litoral, agora tem de monte aqui pra cima. Anta também voltou muito; tem lugar que é igual vaca."
Os predadores também voltaram. E não os da espécie humana, apesar de o parque ainda sofrer com invasões de caçadores. Onças-pardas, jaguatiricas e outros carnívoros são registrados com frequência na região. Só falta uma espécie para completar a cadeia alimentar: a onça-pintada, Panthera onca, o maior felino das Américas. Justamente o predador "topo de cadeia". Com tanta comida disponível para ela, os gestores não entendem por que ela não é vista no parque, nem mesmo nessa área mais afastada ao norte, formada pelos núcleos Cunha, Santa Virgínia e Picinguaba.
"Voltou tudo, menos a onça-pintada", diz o gestor do núcleo Santa Virgínia, João Paulo Villani, há mais de 20 anos no parque. Há relatos esporádicos de moradores locais que dizem ter visto uma onça-pintada ou algum vestígio dela, mas difíceis de serem verificados.
O único vestígio "recente" confirmado de uma onça-pintada na região é uma pegada, fotografada em janeiro de 2009, numa trilha do Núcleo Picinguaba. "A pegada não deixa dúvidas, é de uma pintada", diz o especialista Peter Crawshaw, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). "É a confirmação de que a espécie existe ali."
Pesquisadores e conservacionistas, porém, estão longe de se contentar com uma pegada. Desde outubro do ano passado, Crawshaw coordena, em parceria com Sandra Cavalcanti, do Instituto Pró-Carnívoros, um projeto de pesquisa sobre as populações de felinos do parque. O trabalho envolve a colocação de armadilhas fotográficas - câmeras acopladas a sensores de movimento, que disparam um foto quando algo passa na frente delas - em pontos estratégicos da mata, para registrar os animais que circulam por ali.
Até agora, com 22 câmeras, já foram monitorados 60 quilômetros de trilhas no núcleo Santa Virgínia, de um total de 500 quilômetros de trilhas mapeadas nos três núcleos, segundo Kátia Mazzei, biogeógrafa do Instituto Florestal, órgão da Secretaria do Meio Ambiente que promove a ciência nas unidades de conservação do Estado.
Em cinco meses de monitoramento, as armadilhas já capturaram várias imagens de antas, catetos e queixadas, e também de felinos, como jaguatiricas, maracajás e onças-pardas (também chamadas pumas ou suçuaranas). Mas nenhuma onça-pintada.
"Acho que é só uma questão de tempo", avalia Crawshaw. "Sabemos que ela está lá, mas sua densidade populacional é tão baixa que ela se esconde nas áreas remotas, mais difíceis de chegar. É isso que tem mantido ela ali."
Em um levantamento semelhante realizado em outros parques de Mata Atlântica mais ao sul do Estado, como Carlos Botelho e Intervales, foram registradas mais de 30 fotos de onças-pintadas, de pelo menos 15 animais diferentes. "Isso, em um tempo bem menor do que já estamos pesquisando aqui na Serra do Mar", compara Crawshaw. "E olha que nesses lugares nem tem queixada", a presa principal das onças-pintadas.
Já na região norte da Serra do Mar, as queixadas hoje são abundantes. Provavelmente, em parte, porque faltam onças-pintadas para caçá-las, e a segurança do parque tem conseguido manter a maioria dos caçadores ilegais humanos afastada. "A mata está lá, o alimento está lá; falta melhorar as condições de proteção e reprodução", avalia Crawshaw.

Monitoramento. Com base nos dados obtidos das armadilhas fotográficas, os pesquisadores planejam, numa próxima etapa, capturar alguns felinos - com sorte, incluindo uma onça-pintada - e equipá-los com coleiras de monitoramento remoto, via rádio ou GPS, para que possam rastrear seus movimentos e entender como se movimentam pela região. Será o primeiro estudo desse tipo na Mata Atlântica costeira, onde a espécie ainda é muito pouco estudada.
Estima-se que uma onça-pintada precise de um território de 80 km² para sobreviver. "Não sabemos quantas restam, mas sabemos que é um animal muito ameaçado na Mata Atlântica, pelo tamanho de seu território e pelo nível de fragmentação do bioma", afirma Kátia.

Fonte: O Estadão

EM BUSCA DOS SAPOS-MINIATURA NO TOPO DA MATA ATLÂNTICA

Cachoeira das Andorinhas - Núcleo Santa Virgínia
Se você achou pequeno na foto, pode ter certeza que é menor ainda na vida real", diz a bióloga Eliziane Garcia de Oliveira, enquanto amarramos as botas para pegar a trilha do Rio Bonito, no Núcleo Cunha do Parque Estadual da Serra do Mar, mil metros acima das praias de Ubatuba. "Quando vi pela primeira vez, não acreditei."
Poucos minutos depois, estamos embrenhados na selva em busca dos "sapos-miniatura" da Mata Atlântica, pequenos anfíbios de pele colorida e de olhos negros que vivem escondidos no chão das florestas de altitude do bioma - e em nenhum outro lugar do mundo. É início de março. O tempo está seco. Faz vários dias que não chove, e a temporada de reprodução já acabou, então não há garantia de que os encontraremos.
Não demora muito, porém, Eliziane e a colega Thaís Condez escutam o canto do bicho, um certo "trrriii ... trrriii... trrriii", e começam a rastelar, revirando o folhiço com suas ferramentas "científicas" de jardinagem.
Logo aparece o primeiro sapinho, depois um segundo, terceiro, quarto e quinto, que quase pisei em cima sem perceber, de tão pequeno. O maior não chega a 2 centímetros de comprimento. Parecem jujubinhas amarelas, movendo-se por entre o manto labiríntico de folhas secas, galhos, líquens, fungos e raízes que acarpeta o solo da floresta, preservando em seu interior a umidade da qual eles dependem para sobreviver.
Seus movimentos lentos e seus olhos escuros lhes dão uma aparência um tanto pré-histórica, quase alienígena. O tipo de bicho que você vê em documentários e pensa que só existe em algum país exótico distante, e não numa floresta vizinha à maior metrópole da América Latina.
Nas costas de cada sapinho, uma placa óssea em forma de gravata-borboleta, visível por debaixo da pele, não deixa dúvidas sobre a identidade da espécie. É o Brachycephalus ephippium, apelidado carinhosamente de "gala" pelas pesquisadoras e de "gravatinha", pelo repórter. Uma das 18 espécies conhecidas do gênero Brachycephalus (pronunciado braquicéfalus), ou "sapos de cabeça pequena", um dos grupos mais curiosos de anfíbios da biodiversidade brasileira.
Os "bráquis", como são chamados pelos pesquisadores, são quase todos endêmicos das florestas de altitude da Mata Atlântica, ocupando nichos ecológicos bastante específicos e de difícil acesso - razão pela qual ainda são pouco estudados, apesar de despertarem tamanha curiosidade. Quinze das 18 espécies só são encontradas acima dos 600 ou 700 metros de altitude, e várias parecem estar restritas a uma ou duas montanhas específicas.
Vivem em meio ao folhiço e praticam a reprodução "direta", sem o estágio de girino. No verão, aparecem em grande número para se reproduzir. No inverno, desaparecem. Não se sabe para onde vão ou como sobrevivem. Quantos ovos colocam? De que forma? Quanto tempo vivem? Como interagem com outras espécies? Quem são seus predadores? Qual a extensão exata de suas áreas de ocorrência? Não se sabe.
"A verdade é que sabemos muito pouco sobre esses bichos", reconhece Thaís, que dois anos atrás resolveu enfrentar a "maldição dos bráquis" e fazer deles o tema de seu doutorado, no Laboratório de Herpetologia do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Rio Claro. O mesmo lugar onde Eliziane faz seu mestrado, ambas sob a orientação do professor Célio Haddad.
Thaís, de 28 anos, quer determinar a diversidade, a área de ocorrência e entender a história evolutiva das espécies do gênero. Eliziane, de 23, estuda o comportamento e a dieta de uma espécie específica, o Brachycephalus pitanga.
A tal "maldição" é uma brincadeira levada mais ou menos a sério entre os biólogos. Refere-se ao fato de que muitos se interessam em estudar os bráquis, mas poucos conseguem fazê-lo de fato. Em parte por causa das dificuldades logísticas. O trabalho de campo é difícil; exige fôlego para subir montanhas e paciência para vasculhar o chão da mata em busca dos sapinhos - que, apesar de coloridos, são surpreendentemente inconspícuos. "Na graduação, falavam desses bichos como algo místico, quase lendário", recorda Eliziane.
Em parte, também, pela competitividade entre os pesquisadores. Estima-se que haja muitas espécies de Brachycephalus ainda para se descobrir, e cada biólogo quer descrever a sua, o que dificulta o compartilhamento de dados necessário para avançar nas pesquisas.
Histórico. O Brachycephalus ephippium é a espécie mais estudada e há mais tempo conhecida do gênero, descrita em 1824 pelo naturalista alemão Johann Baptiste von Spix. É um ponto fora da curva. Onze das outras 17 espécies foram descritas somente nos últimos 15 anos. E outras dez, mais ou menos, estão em processo de descrição por diferentes pesquisadores, segundo Thaís - duas delas por ela mesma, em colaboração com outros cientistas.
Nos dias seguintes, seguimos para um outro ponto na região onde, no ano passado, ela encontrou uma dessas novas espécies. Thaís pede para não revelarmos detalhes do bicho até que o trabalho de descrição seja publicado. Diremos apenas que ele é mais alaranjado e rugoso. Bem diferente do "gravatinha", e menor ainda do que ele.
Chegamos ao ponto marcado no GPS e os bichos, mais uma vez, estão lá, caminhando pelo folhiço. Os bráquis têm a capacidade de saltar, como todo sapo, mas não muito. Eles, literalmente, caminham pelo chão, num gingado parecido com o de um lagarto.
Thaís e Eliziane coletam sete sapinhos, que servirão para análises comparativas de morfologia e genética, essenciais para a descrição biológica da espécie. Em cada ponto de coleta, Thaís registra a temperatura, a umidade relativa do ar, as coordenadas do local e faz anotações sobre o comportamento dos bichos. De volta ao laboratório, em Rio Claro, cada sapinho ainda será medido por 15 parâmetros, incluindo largura da cabeça, comprimento da tíbia, largura dos olhos e das narinas.
No quinto dia de campo, concluímos o trabalho com uma visita à "pitangolândia", uma região no Núcleo Santa Virgína do parque onde os Brachycephalus pitanga são especialmente abundantes. Lugar preferido de Eliziane para observar esses bichos que, como o nome indica, parecem pitangas ambulantes no chão da mata. Sua pele alaranjada parece decorada com purpurina vermelha. Vários dos que encontramos estão bem magrinhos, talvez por ser o fim do período reprodutivo. Análises de conteúdo estomacal feitas por Eliziane mostram que eles se alimentam de ácaros, formigas e outros pequenos invertebrados.
Pergunto a Eliziane por que ela resolveu estudar os bráquis. "Porque eles são incríveis", responde ela, sorridente. Difícil pensar numa motivação melhor. Ao menos para Eliziane, Thaís e Haddad, a maldição é uma bênção.

Fonte: O Estadão

Conheça um pouco mais sobre o Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar

quinta-feira, 22 de março de 2012

Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.

Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.

No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.

Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.

Fonte: Jornal Visão 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Porque devemos reciclar

Marlene Bergamo/Folhapress
De um ano para o outro, o seu computador fica obsoleto. O celular passa de item cobiçado a peça pré-histórica em questão de meses. Imagine se esses produtos, e mais baterias de carro, exames de raio-X e lâmpadas fluorescentes fossem dispensados como entulho comum.

As baterias de carro contêm chumbo, que gera problemas ao sistema nervoso, enfraquece os ossos, causa anemia. Essas substâncias tóxicas podem se instalar em seu corpo de forma simples: uma vez despejadas no solo, têm suas matérias-primas decompostas, são ingeridas por vermes e minhocas e, em contato com o lençol freático, entram na cadeia alimentar por meio das plantas. Como você é o último componente desse ciclo, consome as substâncias absorvidas ao longo do processo.

As lâmpadas fluorescentes contêm vidro e metal, e são compostas por fósforo e mercúrio. O fósforo favorece o surgimento de câncer e provoca lesões nos rins e no fígado; o mercúrio, se inalado, pode causar dor de cabeça, febre, fraqueza muscular. A esses "poluidores" se unem outros, como computador e pneu, todos com componentes tóxicos na composição.

O Brasil é o país que mais descarta computadores pessoais per capita --0,5 kg por habitante--, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Na China é de 0,2 kg por pessoa.
O número dessas máquinas vendidas no país sobe 15% a 20% ao ano: em 2010, atingiu 13,3 milhões, de acordo com a consultoria IT Data.
No mundo todo, são geradas 40 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos anualmente, sendo que apenas 10% passam por reciclagem de forma apropriada.
O trabalho de desmontagem e o reaproveitamento é pouco conhecido por aqui, segundo o Cedir (Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática da USP).

REAPROVEITAMENTO

Para entender a importância de dar destino certo ao velho aparelho de TV ou ao computador, é preciso se dar conta de que quase 50% dos eletroeletrônicos é composto de plástico e ferro, insumos largamente aproveitáveis. O chumbo volta à ativa como matéria-prima. O vidro das telas gera cerâmica vitrificada, empregada em pisos.
Grande parte do asfalto vem dos pneus que são dispensados adequadamente. Embora a valorização energética --em caldeiras de indústrias, por exemplo-- seja o principal destino, boa parte deles é utilizada para fazer asfalto ecológico, piso de quadras poliesportivas e artefatos de borracha, como tapetes e sapatos.
Segundo a Reciclanip, entidade responsável pela coleta de pneus e ligada à Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), em 2010 o Brasil reciclou mais de 300 mil toneladas de pneus, equivalente a quase 62 milhões de unidades de carros.

ONDE DESCARTAR

Jogar o lixo no lugar certo ajuda a sustentabilidade do planeta porque significa economia e aproveitamento de matéria-prima. Por isso, alguns países fazem recomendações oficiais para o descarte correto do produto.
No Brasil, uma iniciativa desse tipo seria de grande valia, porque só em São Paulo o volume mensal de compra de óleo é de mais de 20 milhões de litros, segundo pesquisa da Nielsen. Aqui, algumas empresas e hospitais fazem a coleta daquilo que já não serve mais para você.
Texto:
ROSANA FARIA DE FREITAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA  DE SÃO PAULO

sexta-feira, 2 de março de 2012

02 de março – Dia Nacional do Turismo

O conceito de turismo praticado no passado, que remete a sua prática como sendo privilégio de poucos, amparado pelo ócio, não se aplica mais. Hoje o turismo é visto como necessidade de todos, estudantes e profissionais, que afetados pelo stress do cotidiano, veem no turismo uma perspectiva de descanso e lazer como oportunidade para alívio físico e mental. 


No dia Nacional do Turismo, comemora-se uma atividade econômica que mobiliza diversos setores produtivos de bens e serviços e é responsável pela geração de vários empregos diretos e indiretos. Hospedagem, alimentação, transporte e entretenimento são alguns setores que se beneficiam do movimento trazido pelo turismo e muitas vezes são preparados para operar exclusivamente em função deste ramo. 

Parabéns aos profissionais que trabalham nesta área tão dinâmica, mas lembrem-se de que vocês precisam estar devidamente capacitados de forma a atender, satisfatoriamente, aos desejos dos turistas. 

Fonte: Embarque na Viagem

quinta-feira, 1 de março de 2012

Observação de Aves de Ubatuba serve de referência para Estado do RJ

Foto: Miguel Nema Neto
Gestores e representantes de Unidades de Conservação do RJ, ligados ao Inea (Instituto Estadual do Ambiente) do Governo do Estado estiveram em Ubatuba para conhecer o projeto de Observação de Aves, desenvolvido no município. O primeiro local visitado foi o Centro Cambucá de Observação de Aves, situado nos limites do PESM (Parque Estadual da Serra do Mar) – Núcleo Picinguaba. Estiveram presentes na visita, representantes dos parques estaduais Cunhambebe, Serra da Concórdia, do Desengano e do Cairuçu.
Segundo o gestor do Parque Estadual Cunhambebe, João Emílio Rodrigues, a intenção é conhecer o projeto desenvolvido com sucesso em Ubatuba para se espelhar e levar uma atividade que promova o desenvolvimento sustentável da região. “Entendemos que as UCs têm que ser visitadas para serem preservadas. Então, estamos aqui para entender a relação das unidades de conservação com o Turismo de Base Comunitária e as atividades correspondentes, como a observação de aves. Temos uma grande riqueza em comum, que é a Mata Atlântica e a possibilidade de criar roteiros integrados dentro do Mosaico Bocaina.

Extenso roteiro
O roteiro organizado foi extenso. Quem acompanhou a comitiva fluminense na visita foi o ornitólogo amador Carlos Rizzo, mostrando o circuito, o funcionamento e a biodiversidade encontrada na região. Depois do Cambucá, a comitiva seguiu para o Centro de Visitantes do PESM – Núcleo Picinguaba, na Praia da Fazenda, onde foram apresentados todos os trabalhos relacionados à observação de aves, desenvolvidos em Ubatuba, detalhando as vertentes de Turismo, Educação Ambiental, geração de renda e mídia positiva para a cidade.
No dia seguinte foi a vez da região sul e a comitiva teve a oportunidade de conhecer o Projeto Dacnis, Folha Seca e o trabalho no Sertão da Quina que capacitou 40 pessoas da comunidade com vistas ao Turismo de Base Comunitária e observação de aves. No terceiro dia, conheceram empresas como hotéis e restaurantes que apoiam e praticam a observação de aves em seu ambiente.

Envolvimento
Um dos segredos para o sucesso de um projeto como este, segundo Carlos Rizzo, é o envolvimento da comunidade local. “A formação de guias locais é muito importante, porque eles conhecem o ambiente, sabem onde encontrar as espécies que os observadores querem ver. Essa habilidade, ninguém substitui. O observador pode ser renomado e experiente, mas se não conhece o local, fica perdido. Por isso, aqui em Ubatuba, nos dedicamos à formação desses guias.”
Impressionados
Rizzo destaca que apesar de simples, o sucesso do projeto em Ubatuba é resultado de muita dedicação e anos de trabalho. “Os gestores sairam muito bem impressionados com o nosso trabalho. Eles perceberam que a implantação do projeto de observação em suas unidades vai demandar muito mais trabalhos do que pensaram, tanto que já estão agendando novas vindas para Ubatuba e visitas técnicas em cada uma das suas unidades.”

Centro Cambucá
O Centro Cambucá de Observação de Aves foi criado em 2010, por meio de uma parceria entre a Fundação Florestal (PESM – Núcleo Picinguaba) e a prefeitura de Ubatuba. O local possui uma diversidade de ambientes, que propiciam a visualização de grande quantidade de espécies, inclusive migratórias. A observação tem início à beira de um lago de beleza paisagística excepcional, que propicia a visualização de aves específicas deste ambiente. O percurso tem nível de dificuldade fácil, com cerca de 1km e duração aproximada de 1h30, sendo ida e volta.

Passeio de barco
Além da observação terrestre de percurso, existe a possibilidade de passear de barco dentro do lago e conhecer outros ambientes, que abrigam outros tipos de pássaros. A trilha é toda orientada com placas bilíngues e a única da modalidade no Litoral Norte a ser classificada junto ao Ministério do Turismo como um dos destinos para turistas que virão acompanhar a Copa de 2014. A partir desta classificação, o roteiro ganhará implementos, como quiosque, torre e plataformas de observação em pontos estratégicos da trilha.


Ficou interessado?
O Centro Cambucá de Observação de Aves está aberto ao público mediante agendamento prévio pelo telefone (12) 3832-9011 ou pelo e-mail agendamento.picinguaba@gmail.com.

Fonte: Sistema Costa Norte de Comunicação